21 junho 2006

Maçã-de-adão ou Maçã de Newton


Às vezes dou por mim a pensar na existência das coisas. A de agora, foi a árvore genealógica.

Todos nós dependemos de uma árvore, uma mãe, um pai ou os, ideais, dois. É esta raiz arborícola que nos dá seiva ao nosso crescimento. Somos, portanto, a maçã que a árvore alimenta. Mas, tal como, na natureza somos influenciados pelo sol, pelos insectos, pela chuva, pelo vento… Um manancial de factores. Até que um dia, a maçã, sente que a árvore já não dá conta das suas necessidades. Está na altura de cortar o pé e cair, pia abaixo, até ao doloroso chão.

Mas não é o fim. Pois o chão que nos fez doer é o mesmo chão que vai germinar as sementes que temos dentro de nós. Assim crescemos, como uma nova árvore. O desafio, agora, é suplantar a sombra que a árvore mãe nos faz. Tira-nos o sol e crescemos amarelados, sem a força do verde.

Verde que nos dá esperança para continuar. Não somos a maçã do pecado, nem a maçã da gravidade. Somos a maçã da vida, da esperança…